domingo, 25 de agosto de 2013

Vereadores Euzébio e Luzinete no ‘Café com a imprensa’

Na última quinta-feira (22), os vereadores Euzébio Rodrigues (PT) e Irmã Luzinete Batista (PV) receberam os profissionais da imprensa em mais uma edição do “Café com a imprensa” da Câmara Municipal de Parauapebas. Na ocasião, os parlamentares falaram sobre o trabalho que eles vêm desempenhando no Legislativo municipal e de seus projetos. Estiveram presentes representantes dos seguintes veículos de comunicação: Jornal Correio do Pará, Jornal Hoje, Jornal Semanal, Jornal de Parauapebas, Jornal Tablóide, Site Pebinha de Açúcar e Site Chocopebas.
Confira abaixo uma síntese da coletiva.
Luiz Bezerra (Correio do Pará) – Vereador Euzébio, o senhor vem da área da educação, representante dos professores. Mas muitos deles se queixam que após as eleições o senhor esqueceu a categoria e não fez nada em prol dos professores. O que o senhor tem a dizer sobre isso?
Professor Euzébio – Não abandonei. Estamos no início de uma legislatura, que culminou com a redução da data-base. A questão é que meu gabinete é apenas a base de uma pirâmide. Estou sempre em contatos com professores que me procuram, que vêm ao meu gabinete, que me ligam. O fato de eu ser um professor que se tornou vereador gera insatisfação em alguns, causa certo ciúme, mas sou tranquilo quanto a isso.
Luiz Bezerra – Irmã Luzinete, o público costuma ser ríspido quando a senhora se pronuncia durante as sessões. A senhora já parou para pensar por que isso acontece?
Irmã Luzinete – Sim. As pessoas que votaram em mim sabem que esse comportamento é um ato de vandalismo, porque não fazem parte do meu grupo, que é composto por pessoas responsáveis. Se houvesse uma eleição hoje, não tenho dúvidas de que seria eleita novamente.
Vinícius Santos (Hoje) – Vereadora Luzinete, a senhora disse que trabalharia em prol do associativismo e do cooperativismo, mas por que até agora não apresentou nenhum requerimento ou indicação voltado para essas áreas?
Irmã Luzinete – Estou fazendo estudos para encontrar a melhor maneira de atuar. As associações que temos hoje precisam ser reestruturadas, para que possam trabalhar de fato, voltadas para políticas públicas. Já estamos montando um projeto. Muitas associações estão voltadas para o individualismo e o que quero é que elas atuem em prol da coletividade. Montamos uma comissão para ir a Belém buscar meios de implantar o Pro-Paz em Parauapebas, um projeto de atendimento integrado a mulheres e crianças vítimas de violência. Com ele teremos capacitação e geração de renda.
Vinícius Santos – Professor Euzébio, por que o senhor, como vereador reeleito, não tem apresentado requerimentos e indicações?
Professor Euzébio – Vi os novos vereadores com muita vontade de apresentar propostas. Já passamos do número de 130 indicações e os requerimentos também já houve bastante. Essa empolgação é natural. De fato, não apresentei nenhum, mas fiz ofícios e memorandos e encaminhei para secretários fazendo solicitações. Então, mantive esse elo com a comunidade. Além disso, durante esse período tive muito trabalho analisando projetos de lei, pois sou presidente da Comissão de Justiça e Redação.
Frank James (Tablóide) – Vereadora Luzinete, está havendo um debate na cidade sobre o transporte. Qual sua posição com relação às modalidades de táxi, mototáxi e táxi lotação?
Irmã Luzinete – Não sou contra, porque creio que a cidade precisa dar oportunidade para os pais de família que moram aqui. O projeto de lei que regulamenta o transporte público já está tramitando na Casa, mas o táxi lotação não está inserido. Entretanto, depois que ele for aprovado, podemos inserir. Mas tem que organizar, precisamos saber quais e quantas são as pessoas habilitadas. Para tudo na vida temos regras e também exceções.
Rui Oliveira (Jornal Semanal) – Vereadora Luzinete, sua campanha foi feita na periferia. Hoje o pessoal se sente abandonado e diz que não vota mais na senhora. O que tem a dizer sobre isso?
Irmã Luzinete – Quero que vocês me apresentem essas pessoas, pois desconheço essa situação. Aonde chego sou recebida com muito carinho. Tenho amigos em todos os bairros. Falar é bom, mas agir é melhor. Tenho uma equipe muito boa e tenho feito bastante coisa, mais lá fora do que aqui dentro. Enquanto o vereador trabalhar curral eleitoral individual, ele pode até se reeleger, mas não vai resolver os problemas da população. As insatisfações vêm porque não damos conta da individualidade. Vereador é eleito para discutir a problemática de toda a cidade.
Rui Oliveira – Qual avaliação que o senhor, que já foi presidente desta Casa, faz da administração do atual presidente?
Professor Euzébio – Tudo que se faz nesta Casa precisa de licitação. A Câmara não é uma instituição arrecadadora, depende do duodécimo e para usá-lo há muitas regras. Alguns problemas enfrentados são fruto do processo burocrático. Tudo que a Câmara faz tem que está de acordo com as normas do TCM (Tribunal de Contas dos Municípios). O presidente está sim tendo dificuldades, mas acredito que é natural, pois é o primeiro mandato dele. Acho também que a responsabilidade pelo desenvolvimento da Casa é da mesa diretora. Tenho procurado ajudar, até porque quero ver as coisas andarem e acredito que ano que vem será bem melhor.
Zinho Bento (Jornal de Parauapebas) – Vereador Euzébio, fale sobre o orçamento da Câmara.
Professor Euzébio – O orçamento para este ano é de R$ 28 milhões, resultado do duodécimo do orçamento anual do município, para manutenção e pagamento dos servidores. As compras acima de R$ 8 mil têm que ter licitação. O orçamento está atrelado a esses trâmites burocráticos. Acredito que ano que vem, devido superávit, deve ultrapassar os R$ 32 milhões.
Zinho Bento – Gostaria de saber também se o senhor tem veículo à sua disposição pago pela Câmara?
Professor Euzébio – Tenho veículo locado pela Câmara, uma caminhonete. Todos os vereadores têm, em tempo integral.
Zinho Bento – Além disso, o que o senhor acha das declarações da vereadora Eliene Soares (PT)? Ela afirmou que os primeiros seis meses do governo Valmir foram muito corruptos e a prova disso foi a saída de vários secretários.
Professor Euzébio – Não vi a entrevista. Mas na ausência de fatos, o que fica é apenas opinião. O quadrimestre está na Casa. Qualquer vereador pode analisar. Até agora não agi porque só ouvi opiniões, não há fatos. Não posso abrir uma CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) se não existe um fato específico.
Zinho Bento – Vereadora Luzinete, a senhora foi eleita na base de oposição ao Governo Valmir, mas passou para a base aliada. Explique o porquê dessa mudança?
Irmã Luzinete – Fui eleita na base de oposição por uma questão de estratégia, pois sempre respeitei a hierarquia. Ser situação ou oposição é uma questão individual de cada parlamentar. Ser oposição ao Governo Valmir hoje é ser oposição ao povo de Parauapebas. Quero ter aproximação ao governo para discutir a problemática da cidade, pois fiscalizar é acompanhar o processo. Não quero ser precipitada, prefiro dar oportunidade para o governo trabalhar. (Nayara Cristina/Ascom-CMP)

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