quinta-feira, 27 de junho de 2013

Município de Parauapebas será o primeiro do Pará a ter Centro Pop

A Prefeitura de Parauapebas, por intermédio da Secretaria Municipal de Assistência Social (Semas), prevê para o próximo mês de julho a instalação do primeiro Centro de Referência Especializado para População em Situação de Rua (Centro Pop) do Estado do Pará.
Até agora, a instituição, de iniciativa do governo federal, já foi instalada na maioria dos estados brasileiros, num total de 153 unidades, com exceção dos estados do Pará e do Tocantins.
Considera-se população em situação de rua o grupo populacional heterogêneo que possui em comum a pobreza extrema, os vínculos familiares interrompidos ou fragilizados e a inexistência de moradia convencional regular, e utiliza os logradouros públicos e as áreas degradadas como espaço de moradia e de sustento, de forma temporária ou permanente, bem como as unidades de acolhimento para pernoite temporário ou como moradia provisória.
Na tarde da última terça-feira (25), as servidoras Adelzilma Rodrigues Oliveira e Cristiane Marques Pardim Resende, coordenadoras do Centro Pop em Parauapebas, acompanhadas do secretário adjunto da Semas, Josenilson Gomes da Silva, reuniram-se com coordenadores de programas sociais que compõem as secretarias municipais de Saúde, Educação, Esporte e Lazer, Produção Rural, Mulher, Cultura e Meio Ambiente, e outras, para apresentar a estrutura do programa no município, previsto para ser inaugurado no próximo mês, num imóvel localizado nas proximidades do prédio do Detran, em frente ao Parque de Exposições Agropecuárias.
Além de coordenadores de projetos sociais, marcaram presença também no evento os secretários municipais de Saúde, Rômulo Maia; de Esporte e Lazer, Marcel Nogueira; da Mulher, Terezinha de Jesus dos Santos; e de Produção Rural, Horácio Martins; Ouvidoria Municipal, Neuracy Pereira Braga; Coordenadoria Municipal de Juventude, Mário Henrique Pereira; Assessoria de Comunicação Social, Wagenr Santos.
Mapeamento da população em situação de rua
Durante a apresentação, Adelzilma Oliveira explicou que o trabalho de monitoramento e de acompanhamento das pessoas que moram nas ruas de Parauapebas já vem sendo feito pela equipe do Centro Pop desde o início da atual gestão do Governo Valmir Mariano.
Neste período, uma equipe especializada em abordagem da população em situação de rua cadastrou 58 pessoas moradoras na via pública, dentre estas, três mulheres. Desde então, este contingente vem sendo monitorado e orientado sobre a futura instalação do Centro Pop em Parauapebas.
De acordo com o perfil levantado dos moradores de rua identificados, eles são oriundos dos estados do Maranhão (32), Pará (8); Tocantins, Ceará e Piauí (3 pessoas, cada); Goiás (duas); Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Mato Grosso e Santa Catarina (uma pessoa, cada). Desse total, duas pessoas não quiseram ou não souberam informar seu estado de origem.
Os entrevistados disseram já ter trabalhado nas profissões de pedreiro e ajudante de pedreiro (9, cada); serviços gerais (8), vaqueiro (5), motorista (4), soldador (3), flanelinha (3); carpinteiro e mecânico (2, cada); e garçom, eletricista, lavador de carro, operador de motosserra, pescador, doméstico e pedinte.
Os coordenadores do programa adiantaram, ainda, informações sobre os eixos que devem nortear o Centro Pop, objetivos, estratégias, articulação em rede, forma de acesso, estrutura física do prédio que vai abrigar a instituição, recursos humanos, desafios e parceria com a Ong Gente Livre.
Dentro dos objetivos, foi informado que Centro Pop propõe identificar os territórios de maior incidência, construir vínculos de confiança com os usuários, possibilitar condições de acolhida na rede socioassistencial, contribuir para a construção ou reconstrução de novos projetos de vida, respeitando as escolhas dos usuários e as especificidades do atendimento; contribuir para restaurar, preservar a integridade e a autonomia da população em situação de rua; e promover ações para a reinserção familiar e/ou comunitária, além de desenvolver autonomia individual, familiar e social das pessoas atendidas pela instituição. (Waldyr Silva/Ascom PMP)

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