quinta-feira, 9 de junho de 2011

Moradores do Bairro Liberdade II clamam por água potável

Fotos: Waldyr Silva



Alguns moradores localizados nas partes altas do Bairro Liberdade II, em Parauapebas, voltaram a entrar em contato com a redação da Sucursal do CORREIO DO TOCANTINS para reclamar que estão penando com a falta de água potável em suas residências.

Ouvida pela reportagem na manhã desta quarta-feira (8), a dona de casa Gerciane da Silva Santos, residente na Rua Itaúba qd. 2 lt. 29, Liberdade II, explicou que a água servida na parte alta do bairro chega até as residências por meio de carros-pipas duas vezes por semana, às terças e sextas-feiras, mas ela reclama que o produto não é suficiente para suprir a demanda da família dela.

Segundo a moradora, a situação piora ainda mais quando os carros pipas, contratados pela prefeitura para abastecer as casas que não contam com os serviços de água encanada, deixam de levar o precioso líquido às famílias que moram no alto do bairro.

“Já passamos semana sem o abastecimento dos carros pipas, buscando água no rio Parauapebas ou descendo o morro e pedindo um balde aqui e outro ali de pessoas que têm água encanada ou poço artesiano”, revela Gerciane Santos.

A dona de casa acrescenta que tem três filhos menores de idade e quando falta água se ver apertada para dar banho nas crianças e prover a residência com o produto para cozinhar, lavar louça e beber.

Por ironia do destino, dona Gerciane mora próximo do morro onde a prefeitura construiu um novo sistema de captação, tratamento e distribuição de água, cuja foi concluída há quase um ano, mas ainda não entrou em funcionamento.

Quem também reclama da falta de água é o aposentado Pedro Vicente da Silva, residente na Rua Macapá, qd. 33 lt. 34, Liberdade II. Segundo o morador, foi preciso ele tirar do “meu minguado salário” de aposentadoria uma parte do dinheiro para comprar duas caixas d’água e encanação, para poder receber a água do carro pipa.

Pedro Vicente revela ser muito grande o sofrimento “de minha velha e minhas filhas” por falta de água, pois muitas vezes o carro distribuidor do produto não chega até a residência dele, pelo menos durante uma semana.

A moradora Maria Quitéria Nunes, vizinha do aposentado, reforça as reclamações de Pedro Vicente, acrescentando que nesta época do ano, quando cessa o período chuvoso, o consumo de água fica maior, em virtude do calor e a necessidade ainda mais de água para beber e tomar banho.

A reportagem do CT conversou no final da manhã desta quarta-feira (8) com o gestor do Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Parauapebas (Saaep), Wilson José da Silva, mas ele disse que só podia gravar entrevista sobre o assunto com autorização da Assessoria de Comunicação (Ascom) da Prefeitura, na pessoa do jornalista Diego Pajeú, que não foi encontrado naquele momento.

O gestor do Saeep informou que não podia falar sobre a nova estação de captação de água, até porque a autarquia que ele dirige ainda não havia recebido o sistema, que foi construído pela Secretaria Municipal de Obras. (Waldyr Silva/CT)

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