sábado, 30 de abril de 2011

Comunidade de Palmares II interdita estrada de acesso à vila

Fotos: Waldyr Silva


Antonio de Jesus Alves Pereira

Rondinelli Fraga Bezerra

Alegando falta de infraestrutura nas ruas do povoado e conservação das estradas vicinais na zona rural para escoação da produção agrícola e transporte escolar, um grupo de moradores da Vila Palmares II, localizada a 20 quilômetros do centro de Parauapebas, interditou a estrada que dá acesso à localidade no período das 5 horas da manhã até as 13 horas da última quinta-feira (28), provocando grandes transtornos para quem precisou chegar e sair da vila.

Em declarações prestadas à reportagem, no momento da interdição da estrada, o presidente da Associação dos Moradores e Desenvolvimento da Agricultura de Palmares II (Asmodap), Rondinelli Fraga Bezerra, explicou que o protesto no fechamento da estrada tinha como objetivo chamar a atenção das autoridades municipais, que, segundo ele, não estão dando a atenção aos moradores da vila, cujas ruas estão intrafegáveis, enquanto que na zona rural os agricultores se encontram sem condições de transportar a produção por causa da precariedade das estradas vicinais.

O líder comunitário reclama também que muitos alunos que moram nas colônias estão faltando aulas, uma vez que os ônibus que transportam os estudantes da zona rural para a vila Palmares II e vice-versa estão sem poder transitar, e quando transitam colocam a vida das crianças em risco, por causa de atoleiros na pista e ladeiras íngremes.

PEDÁGIO
Rondinelli Bezerra aproveitou a reportagem para denunciar que uma associação da vila, de sigla Assopar, estaria fazendo a cobrança, numa guarita na saída da localidade, de pedágio no valor de R$ 0,50 de cada metro de areia retirado do rio Parauapebas das caçambas que passam diariamente na Palmares II.

O morador Antonio de Jesus Alves Pereira, conhecido por “Índio”, reforça as palavras do presidente da Asmodap, acrescentando que a comunidade urbana e rural da vila Palmares II está completamente abandonada pelo poder público, “e é por isso que estamos aqui fazendo esta manifestação pública, para chamar a presença dos governantes de Parauapebas”.

Segundo Antonio de Jesus, todo mundo da vila sabe que a Assopar cobra pedágio das caçambas que passam carregadas de areia retirada do rio Parauapebas, inclusive as autoridades, mas ninguém toma uma providência para saber para onde estar indo o dinheiro arrecadado e a situação de assoreamento do rio.

A reportagem do CORREIO DO TOCANTINS esteve na guarita onde estaria sendo feito a cobrança de pedágio da areia que passa na vila, mas o local estava fechado, sem ninguém para falar sobre o assunto.

Por volta das 13 horas, chegou ao local da interdição uma comissão de servidores da Secretaria Municipal de Obras e prometeu que a partir da próxima semana uma patrulha mecanizada da prefeitura estaria encascalhando as ruas da vila e fazendo a conservação emergencial nas estradas vicinais. Com a promessa, os manifestantes liberaram o tráfego da estrada, com a promessa de que se o acordo não for cumprido eles voltam a protestar. (WS/CT)

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