terça-feira, 28 de dezembro de 2010

Pobre sistema

Francesco Costa
Saidinhas de banco, furtos, assaltos, jogo do bicho e máquinas caça-níqueis, uma perfeita combinação que provoca diversas reações na criminalidade em Parauapebas.

Não é de hoje que a população se sente obrigada a conviver com este tipo de situação: tropeçando nas contravenções do jogo do bicho e nas máquinas caça-níqueis. O primeiro é encontrado em várias esquinas e o segundo em bares e até restaurantes. O negócio rola solto e à vista de quem quiser, inclusive de policiais, que conversam encostados nos equipamentos.

Que é um negócio ilegal, todo mundo sabe, mas muita gente joga e todo mundo aceita, inclusive a polícia, o Ministério público e até mesmo a ineficiente imprensa local. O temido delegado, que deixou a cidade cheia de saudosismo e os traficantes um tanto aliviados com sua morte, parecia ignorar estes tipos de crimes, focando seus holofotes e concentrando todas suas forças, e de sua equipe, apenas no “combate” ao tráfico.

Parauapebas é mesmo um lugar de contravenções e de autoridade que se faz de desentendida. A Polícia Militar, de vez em quando, faz apreensão de material pirata, ou melhor, de material fonográfico (CD e DVD). Tudo bem que a pirataria é crime, mas a lei não qualifica apenas a fonográfica. Por que será que em meio a tantos relógios, bonés, camisetas, óculos etc. a polícia só resolve apreender CD e DVD?

Por outro lado, Parauapebas é lugar de gente que parece não conhecer seus direitos ou desconhecer os deveres da polícia, pois se conhecesse não tolerava tais ações anteriormente citadas.

Agora, curioso mesmo é a situação, principalmente, da Praça do Cidadão e de outros logradouros públicos, que a cada dia estão mais ocupados pelos camelôs. Sabe por que eles ainda estão ali? Pasme! Não aceitaram ser removidos para o Mercado Municipal do Rio Verde, sob a alegação que o lugar não é frequentado pelo público! Belos comerciantes. Não descobriram ainda que o cliente sai em busca do produto e o persegue até que encontre. Ou seja, o que falta naquele local, Mercado Municipal, é um comércio interessante, e uma vez os camelôs o ocupando passará a ser um lugar atrativo.

Mas, por outro lado, que governo é este que não impõe o Código de Posturas? Se a lei que proíbe a ocupação de espaços públicos existe, basta fazê-la cumprir. E desde quando camelô tem que botar “banca” se sai ou não de local público. Se não quer o Mercado Municipal, que alugue um local privado e monte seus negócios. Se não tem condições, que aceite a oferta da prefeitura.

O Mercado Municipal do Rio Verde é um lugar de excelente estrutura e um espaço adequado com vários boxes, quase todos abandonados pelos que se acham donos da coisa pública.

Som em altíssimo volume a partir das 22 horas? É fácil resolver. Ligue nos números fornecidos pela Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma), que funciona até as 17 horas, ou então ligue de seu celular no 190 que será atendido no quartel da PM em Marabá, que garante passar o rádio para o quartel de Parauapebas e você sabe o resultado: #$*%¨#@¨*¨#+&%¨*&*. Isto mesmo, vai xingar um monte, reclamar do sistema, passar a noite acordado com o barulho do som dos desocupados e levantar com cara de ressaca, mesmo sem ter bebido.

Ah, sabe quem é o culpado de tudo isto? O sistema. Pobre sistema. Encontre-o e reclame a ele. Mas, por favor, se conseguir me avise, que tenho um monte de coisas a reclamar também.

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