domingo, 11 de outubro de 2009

Atriz paraense integra elenco de documentário sobre violência no Pará

Divulgação

Frei Henri, advogado da CPT no município de Xinguara/PA

Documentário será exibido na 4ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul

"Esse homem vai morrer - faroeste caboclo" batiza o documentário assinado por Emílio Gallo exibido em Cannes. O filme resume em 75 minutos a saga de 14 pessoas marcadas para morrer no sudeste do Pará por conta da aguda disputa pela terra.
O município de Rio Maria, onde foram assassinados dirigentes sindicais rurais como Expedito Ribeiro e vários membros da família Canuto nas décadas de 1980 e 1990, entre eles Orlando, serve como pano de fundo para retratar a violência no campo no estado Pará.
Todos os militantes eram filiados ao PC do B.
Na fita, a atriz paraense Dira Paes faz o papel de uma professora que serve como mediadora na busca de soluções para a questão.
A lógica de lista com marcados/as para morrer existe até hoje.
Nas década de 1980/1990 foi prática recorrente de fazendeiros associados na União Democrática Ruralista (UDR).

A violência na disputa pela terra
A década de 1980 é considerada a mais sangrenta na disputa pela terra na tríplice fronteira do Pará, Maranhão e Tocantins.
A região conhecida como Bico do Papagaio é marcada pela implantação de grandes projetos de geração de energia, extrativismo mineral, madeireiro e da produção pecuária.
Ainda hoje coleciona passivos de toda ordem.
A tríplice fronteira que é o local onde mais se executou militantes da reforma agrária e seus apoiadores no país também é recordista em trabalho escravo em fazendas e carvoarias e desmatamento.
A fita, que já foi exibida no festival de cinema do Rio de Janeiro ano passado, agora percorre várias capitais do país no circuito na 4ª Mostra de Cinema e Direitos Humanos na América do Sul.
O filme será exibido em Belém a partir do dia 22 de outubro. (Blog Furo)

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