terça-feira, 15 de abril de 2008

NOTA PARA A IMPRENSA

O Sindicato dos Produtores Rurais de Parauapebas (Siproduz) vem a público manifestar-se sobre as constantes ameaças de invasões articuladas por membros dos MST e MTM à Estrada de Ferro Carajás, da Companhia Vale, e a propriedades rurais da região:

1 - O Siproduz, como legítimo representante da classe produtora rural da região, é a favor das ações de segurança implantadas pelo governo na região, que conta hoje com um grande contingente das polícias Militar e Civil para zelar pela ordem e segurança da sociedade. O sindicato entende como de fundamental importância as atividades da Vale para a geração de emprego e renda da região, sendo inadmissível a ocupação da Estrada de Ferro Carajás, que é essencial para o transporte de pessoas, fornecimento de combustível para dezenas de municípios do Pará e Maranhão e para a própria exportação do minério de ferro. O sindicato é contra manifestações e protestos que não sejam pacíficos e que venham interromper ou paralisar as atividades produtivas da região.

2 - A paralisação das atividades da Vale reflete diretamente na economia da região, prejudicando prestadoras de serviços, funcionários e o próprio comércio. São prejuízos incalculáveis para a sociedade civil e organizada.

3 - Além da paralisação das atividades da Estrada de Ferro Carajás, os movimentos também ameaçam ocupar outras propriedades rurais da região, com a justificativa de chamar a atenção do poder público para uma solução de seus problemas.

4 - O Siproduz entende que há um problema social grave em todo o Brasil e que muitas famílias precisam ser amparadas, mas também é preciso que entendam e vejam que os produtores rurais e empresas, como a Vale, não são culpados por esse problema e também são vítimas nessa história.

5 - Os produtores estão em dia com sua função social, contudo há fazendas na nossa região que estão de posse da liminar de reintegração, mas que estão na longa espera para o cumprimento da sentença.

6 - Ao cofre público estadual, que onera os impostos do cidadão fazendo o deslocamento de tropas, uma vez que uma delas está alojada em Parauapebas, o porquê das tropas não cumprirem constitucionalmente as reintegrações de posse? O sindicato espera que com a presença atual de reforçado policiamento na região haja especial atenção para o cumprimento das liminares de reintegração de posse.

7 - Da mesma forma que a Companhia Vale, nós produtores rurais queremos que a paz e a segurança voltem a reinar em nossas terras, para que continuemos a produzir e contribuir com o desenvolvimento de Parauapebas, do Pará e do Brasil.

Um comentário:

Anônimo disse...

Como podem querer paz promovendo uma violência que é fruto de um prensamento retrógrado. As práticas existentes no campo são , por vezes, herdadas de velhos coroneis e defendidas pelos atuais. Tão fora da lei quando invadir terra é burlar a lei usando cartórios, negando direitos e atentando contra a vida. Isso sim é muito mais grave do que a luta para mudar a história , para desconcentrar a propriedade num país que já nasceu com latifundios. A luta não é contra o setor . É contra o modelo. Paz!!