quarta-feira, 23 de abril de 2008

Em liberdade, assessor explica detenção na ferrovia

Fotos: Waldyr Silva

Altamiro é recebido por Antonio Neto


Esposa abraça Altamiro na residência da mãe dele


Emocionado, Altamiro recebe telefonema de amigos

Detido pela polícia no último dia 17/04 por ocasião do cumprimento de mandado judicial de desbloqueio da Estrada de Ferro Carajás, o assessor da Prefeitura de Parauapebas, Altamiro Borba Soares, 33 anos, foi libertado por volta de meio-dia de sábado (19), conforme termo de liberdade provisória, sem fiança, assinado pelo delegado da Polícia Federal Carlos Henrique Borlido Haddad.

Ao deixar a delegacia de polícia, Altamiro Soares explicou à imprensa que uma emissora de rádio da cidade dava conta que um grupo de garimpeiros liderado pelo Movimento de Trabalhadores em Mineração (MTM) havia interditado um trem da Vale na ferrovia e na ocasião várias pessoas tinham sido acidentadas.

O assessor acrescenta que, diante da notícia sobre a suposta tragédia, o gabinete da prefeitura mobilizou médicos e enfermeiros no Hospital Municipal e enviou duas ambulâncias ao local do acidente, acompanhadas por uma comissão formada pelo vereador Euzébio Rodrigues, o secretário municipal de Obras, João Fontana, e o próprio Altamiro Soares.

Na ferrovia, a comissão verificou que não houve nenhuma vítima no momento do bloqueio da passagem do trem e quando tomava ciência do que acontecera o assessor Altamiro foi detido pela Polícia Federal e conduzido ao quartel da Polícia Militar para prestar depoimento, acusado de ser uma das lideranças do MTM.

Segundo Altamiro, no momento em que fora detido e conduzido pelos policiais ele estava acompanhado da esposa, mas não teve a oportunidade de avisá-la sobre o incidente, e por isso ela ficou no acampamento dos garimpeiros sem poder voltar à cidade, porque não sabia dirigir o veículo do casal.

Ele diz que se surpreendeu com a prisão, pois não estava cometendo nenhum crime. Aproveitou para agradecer o apoio recebido da família, do governo municipal, de amigos, lideranças comunitárias e políticas, que se colocaram à disposição do assessor, disponibilizando inclusive advogado para acompanhá-lo nos depoimentos e elaboração de hábeas corpus.

Ao ser libertado, acompanhado do chefe de Gabinete Antonio Neto e de alguns parentes e amigos, Altamiro Soares se dirigiu à residência da mãe dele, dona Salvina Inácio Soares, no bairro Cidade Nova, onde foi solidarizado pela família e lideranças políticas.

Nenhum comentário: